quarta-feira, 17 de julho de 2013

A lenda das Matryoskas, ou Matrioskas





Quando comecei a ler sobre o processo de adoção na Rússia, me deparei com uma infinidade de histórias e curiosidades sobre o país, que pra começar, eu não tinha ideia de como era grande, gente, o tal país faz fronteira com muita gente, uma loucura! Enfim, nas minhas andanças em blogues e afins, me deparei com a lenda das Matryoskas ou Matrioskas, aquelas bonecas russas fofésimas que a gente conhece, né?! E olha só que história mais bonitinha tem as tais bonecas...


    Um carpinteiro russo chamado Serguei, que ganhava a vida talhando belos objetos de madeira: instrumentos musicais, brinquedos… Todas as semanas, ele enfrentava o frio do bosque para buscar madeira e assim construir novos objetos. Uma certa manhã ao sair para recolher a madeira, ele encontrou o campo todo coberto de uma grossa capa de neve. À noite havia sido difícil. Ele rezou. Toda a madeira que ele encontrava no caminho estava úmida e só lhe servia para fazer fogo.
    Abatido pelo cansaço, ele decidiu retornar à sua casa e tentar a sorte no dia seguinte. Quando ele estava dando meia volta, lhe chamou a atenção um tronco de madeira esplêndido, o mais belo que ele havia visto em sua vida. Rápido como um raio ele retornou ao seu estúdio, porém vários dias se passaram até ele decidir o que talhar. Finalmente, decidiu fazer uma preciosa boneca.
    Era tão bonita, que decidiu não vendê-la para lhe fazer companhia. “Você se chamara "Matrioska” disse ele à boneca. Cada manhã, ao levantar-se ele falava com sua companheira. “Bom dia, Matrioska” . Um dia, ela lhe respondeu: “Bom dia Serguei”. O carpinteiro se surpreendeu, porém ao invés de sentir medo ele se sentiu feliz por ter alguém com quem conversar.
    Com o tempo, o carpinteiro percebeu que Matrioska estava triste e lhe perguntou o que estava acontecendo. Ela lhe respondeu que via que todo mundo tinha um filho ou filha e ela desejava ter um. “Terei que te abrir e isso será doloroso” – respondeu Serguei.  E ela disse: “Na vida, as coisas importantes requerem um pequeno sacrifício”. E sem pensar  duas vezes ele talhou uma réplica, menor e lhe chamou de Trioska. Ela já não se sentia mais sozinha.
    O instinto maternal se apoderou também de Trioska e Serguei concordou que está também teria um filho, se chamaria Oska. Mas Oska também queria um decendente. O carpinteiro contou que dessa vez a madeira poderia originar uma boneca má. Oska não desistiu. Após pensar, ele talhou um boneco, bem pequeno e com bigode e lhe batizou de Ka. E o colocou em frente ao espelho e disse: “Você é um homem, não pode ter filhos!” E assim, é o último boneco, que é o único que não é oco dentro!
Existe uma história de que deve se presentear a mãe ou matriarca da família, com a Matryoska e que essa mulher deve fazer um pedido, e a cada vez que o pedido for atendido, deve se tirar a outra bonequinha de dentro, e assim por diante, o último bonequinho se dá de presente ao filho ou filha quando esses saem de casa! 
A palavra Matryoska é um diminutivo de Matryona, nome feminino muito usado. Também tem origem no latim (mater), que significa mãe. Assim, a boneca simboliza a família. Fofo, né?!

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